terça-feira, 5 de janeiro de 2010

ENGENHO E ARTE

Ínfimo sorriso abrasador
Que dos lábios dela a mim partiu:
Mera esperança de um amor
Vulto de uma saudade vil.


Mais tarde, foi ela quem se foi
E deixou o amor por descobrir.
Separar o trigo desse joio,
Que o amor não quer nenhum mártir.


Quem na terra busca uma paixão,
Seu destino é se desesperar.
Pois que o amor é só preposição
Entre o intelecto e o pulsar.


É no fogo amigo de quem parte
Que se vai buscar o engenho e a arte.


Parceria, distante no tempo, com Ary Moraes Filho (grande, único amigo, que não vejo há muito tempo)

Bardo Setelagoano
Publicado no Recanto das Letras em 28/12/2009
Código do texto: T1999429

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