Fui extraditado:
Dormimos juntos ontem,
Não acordei ao seu lado.
Bardo Setelagoano
Publicado no site "Recanto das Letras", em 22 de novembro de 2009.
domingo, 22 de novembro de 2009
Lembrando Geoffrey Chaucer (Pai da Literatura Inglêsa)
Transcrevo abaixo a parte introdutória (“General Prologue”), dos “Canterbury Tales”, de Geoffrey Chaucer, conforme consta da edição on-line de Michael Murphy (“Reader-Friendly Edition”), adaptado, embora com extrema fidelidade ao original, à moderna escrita do Inglês. Chaucer, o chamado “Pai da Literatura Inglêsa”, é o mais admirado poeta inglês da Idade Média, considerado por seus contemporâneos como um sucessor do estilo consagrado pelos clássicos Virgílio e Dante.
“When that April with his showers soote
The drought of March hath pierced to the root
And bathed every vein in such liquor
Of which virtue engendered is the flower,
When Zephyrus eke with his sweete breath
Inspired hath in every holt and heath
The tender croppes, and the younge sun
Hath in the Ram his fale course y-run,
And smalle fowles maken melody
That sleepen all the night with open eye
(So pricketh them Nature in ther courages),
Then longen folk to go on pilgrimages,
And Palmers for to seeken strange strands
To ferne hallows couth in sundry lands,
And specially from every shire’s end
Of Engeland to Canterbyry they wend
The holy blissful martyr for to seek,
That them hath holpen when that they were sick.”
Alguns estudiosos propõe outas versões, modificando e atualizando aquele texto, na tentativa de melhor transmitir as mensagens do poeta:
“When April with his showers so sweet
Has pierced the drought of March to the root,
And bathed every vein in that liquor
Whose blessed power engenders the flower;
When Zephyrus too with his sweet breath
Has quickened in every grove and heath
The tender shoots, and the young sun
His half-course in the Ram has run,
And small birds make their melody
That sleep all night with open eye, -
(So nature pricks them to lusty rage)
Then people long to go on pilgrimages -
And palmers seek out strange strands -
To distant shrines, hallowed in sundry lands;
And specially, from every shire's end
Of England, down to Canterbury they wend ...”
(Alan Still, in http.thesemoments.blogspot.com, abril de 2006).
“When that April with his showers soote
The drought of March hath pierced to the root
And bathed every vein in such liquor
Of which virtue engendered is the flower,
When Zephyrus eke with his sweete breath
Inspired hath in every holt and heath
The tender croppes, and the younge sun
Hath in the Ram his fale course y-run,
And smalle fowles maken melody
That sleepen all the night with open eye
(So pricketh them Nature in ther courages),
Then longen folk to go on pilgrimages,
And Palmers for to seeken strange strands
To ferne hallows couth in sundry lands,
And specially from every shire’s end
Of Engeland to Canterbyry they wend
The holy blissful martyr for to seek,
That them hath holpen when that they were sick.”
Alguns estudiosos propõe outas versões, modificando e atualizando aquele texto, na tentativa de melhor transmitir as mensagens do poeta:
“When April with his showers so sweet
Has pierced the drought of March to the root,
And bathed every vein in that liquor
Whose blessed power engenders the flower;
When Zephyrus too with his sweet breath
Has quickened in every grove and heath
The tender shoots, and the young sun
His half-course in the Ram has run,
And small birds make their melody
That sleep all night with open eye, -
(So nature pricks them to lusty rage)
Then people long to go on pilgrimages -
And palmers seek out strange strands -
To distant shrines, hallowed in sundry lands;
And specially, from every shire's end
Of England, down to Canterbury they wend ...”
(Alan Still, in http.thesemoments.blogspot.com, abril de 2006).
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Almoço em família
Que proeza!
Todo mundo comeu
E saiu da mesa.
Autores: Bardo Setelagoano e Lucas Alexandre
Em 18 de novembro de 2009, às 12:43 horas
Publicado no Recanto das Letras em 18/11/2009
Código do texto: T1930470
Todo mundo comeu
E saiu da mesa.
Autores: Bardo Setelagoano e Lucas Alexandre
Em 18 de novembro de 2009, às 12:43 horas
Publicado no Recanto das Letras em 18/11/2009
Código do texto: T1930470
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Rosa do Nosso Tempo
Em um mundo de tantas cores
Eu busco as flores
Não as mornas, aromatizadas
Programadas, em preto em branco
Baixadas do Youtube
Corrompidas
Como a rosa de Hiroshima
Estúpida, hipócrita.
Eu quero você, flor vermelha
Vestido vermelho molhado de tinto vinho
Rubra na nudez da lira itabirana
De outro tempo
Que ainda é, para sempre
O nosso.
Bardo Setelagoano
Publicado no site Recanto das Letras, em 17 de novembro de 2009
Eu busco as flores
Não as mornas, aromatizadas
Programadas, em preto em branco
Baixadas do Youtube
Corrompidas
Como a rosa de Hiroshima
Estúpida, hipócrita.
Eu quero você, flor vermelha
Vestido vermelho molhado de tinto vinho
Rubra na nudez da lira itabirana
De outro tempo
Que ainda é, para sempre
O nosso.
Bardo Setelagoano
Publicado no site Recanto das Letras, em 17 de novembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Um poema de Luiz Muñoz
Eis um belo poema de Luiz Muñoz, de extrema beleza e sensualidade:
"PARA CELEBRAR TU SEXO
Luiz Muñoz
Para celebrar
tu sexo
una copa de champán.
Para besarte el aire que
te corre entre las piernas
(abismos indefinidos
sacrificios consumados)
unos labios vírgenes
que nunca antes
tocaran
piernas blancas
suaves
piernas perfumadas
con una rebelde perfección.
En el silencio
de tu pubis
en la humildad
de tu vulva
(pecado inmortal)
me gozo tranquila."
sábado, 7 de novembro de 2009
Soneto - Um poema de Alice Oswald em tradução livre
SONETO
Alice Oswald
“Fico insegura quando algumas das coisas que você me disse
não se traduzem em realidade. As questões são intermináveis,
mas suas interpretações alteram o que está por vir.
Você se move rápido; suas palavras, com mais vagar.
Ah, não há como descrever – como um fractal
cortado por silêncios, nós só temos nossa própria
pele para sentir e para recuar. É terrível
compor em profundidade a partir de algo tão desconhecido.
Mas, de mim mesma, tudo o que você terá serão promessas,
profundas mas breves; não posso avaliar ou entregar
mais do que aquilo que recebo – o que é uma forma de me equilibrar
entre a cumplicidade e a crença no amor
ambas verdadeiras e falsas, porque eu apenas sou,
na falta de palavras, a primeira a crer.”
Trecho do original:
Da obra “The Thing in the Gap-stone Stile” (Oxford, 1966)
Alice Oswald
“Fico insegura quando algumas das coisas que você me disse
não se traduzem em realidade. As questões são intermináveis,
mas suas interpretações alteram o que está por vir.
Você se move rápido; suas palavras, com mais vagar.
Ah, não há como descrever – como um fractal
cortado por silêncios, nós só temos nossa própria
pele para sentir e para recuar. É terrível
compor em profundidade a partir de algo tão desconhecido.
Mas, de mim mesma, tudo o que você terá serão promessas,
profundas mas breves; não posso avaliar ou entregar
mais do que aquilo que recebo – o que é uma forma de me equilibrar
entre a cumplicidade e a crença no amor
ambas verdadeiras e falsas, porque eu apenas sou,
na falta de palavras, a primeira a crer.”
Trecho do original:
Sonnet
I can't sleep in case a few things you said
no longer apply. The matter's endless,
(...)
Da obra “The Thing in the Gap-stone Stile” (Oxford, 1966)
Assinar:
Postagens (Atom)